sábado, 18 de dezembro de 2010
F E L I Z N A T A L !
No Velho Testamento, no Livro do Profeta Isaías (de 2.700 anos atrás aproximadamente), encontramos o anúncio da vinda do Libertador:
Capítulo 61
1. O espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção; enviou-me a levar a boa nova aos humildes, curar os corações doloridos, anunciar aos cativos a redenção, e aos prisioneiros a liberdade;
2. proclamar um ano de graças da parte do Senhor, (e um dia de vingança de nosso Deus); consolar todos os aflitos
No Novo Testamento, no Evangelho segundo São Lucas (no início da era Cristã), encontramos a passagem de quando Jesus Cristo, o Ungido, anuncia a sua Missão:
Capítulo 4
16. Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.
17. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61,1s.):
18. O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração,
19. para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor.
20. E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
21. Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir.
(Observemos que na leitura, Jesus Cristo suprimiu a menção da vingança).
MEUS SINCEROS VOTOS NESTE NATAL SÂO, QUE SOB A INSPIRAÇÃO DIVINA, SEJAMOS FECUNDADOS COMO UMA SEMENTE PLANTADA POR JESUS CRISTO!
FELIZ NATAL!
Fernando e Família
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
PORQUE OS CONSERVADORES SÃO CONTRA O ENEM
O Site do Conversa Afiada reproduz e-mail de Stanley Burburinho.
Se quizerem ler o artigo inteiro: PORQUE O PIG É CONTRA HADDAD E O ENEM inclusive com as realizações do ministro Haddad nos últimos anos e quem ele contraria (no jogo de INTERESSES), é só clicar no titulo acima.
Reproduzo aqui dois dos itens que ele informa:
Em 2002, as receitas brutas da maior empresa de bebidas do Brasil (AMBEV), e da 2º mineradora do mundo (VALE), estavam pouco abaixo das receitas obtidas no setor de educação privada.
Em 2002, as quatro maiores empresas de transporte aéreo juntas, na época, (VARIG, TAM, GOL, VASP), tiveram receita bruta inferior à receita do setor privado de educação superior.
Com as informações acima podemos perceber AS GIGANTESCAS RECEITAS do setor privado de Educação.
O ENEM e as realizações do Governo LULA na EDUCAÇÃO (e do ministro HADDAD), foram na direção de corrigir distorções seculares. O Estado Brasileiro durante décadas vinha favorecendo direta ou indiretamente a ELITE e seus herdeiros. Os mais abastados sempre acharam muito natural que eles e somente eles, continuassem ad infinitum com as benesses do Estado.
Quando o Governo LULA tem a coragem de inverter o peso da balança histórica, em benefício dos mais pobres e marginalizados, há uma histeria desenfreada. A Mídia conservadora que apoia incondicionalmente a Elite, chia e esperneia. Inventa coisas, dá importância exacerbada a pequenos fatos, mesmo sem a investigação devida, enfim não se conforma.
Parte desse ódio incontrolável se volta contra o ENEN. Não querem que dê certo, não pode dar certo. Onde já se viu pobre chegar aos borbotões nas Faculdades e Universidades?!!!! Aí critica-se, inventa-se e quem sabe, até sabota-se. É verdade que não temos provas concretas, mas conhecendo os métodos de vencer sempre, de levar vantagem em tudo, a qualquer custo, podemos imaginar o que aconteceu.
Estamos fazendo estes comentários para ajudar nossos leitores e amigos a refletir sobre os fatos que tem acontecido em nosso país.
Fernando R. Santiago
colunista de Novas Formas Editorial
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
A MIDIA E A EMOÇÃO
É louvável, sob todos os aspectos, a ação das forças militares que agiram no Rio de Janeiro, retomando um pedacinho do território nacional, que há tempos não "pertencia" mais ao Brasil.
Conforme disse Beltrame (Secretário de Segurança do Rio de Janeiro), O problema do Rio é que uma parte do território nacional – o complexo do Alemão – não podia ficar mais sob o controle do terror e da ditadura dos traficantes.
Mais do que combater o tráfico de drogas, tratou-se de reconquistar o território que estava ocupado pelos traficantes, tirando-lhes o "oxigênio", o conforto da geografia e a segurança que sentiam com a posse de um grande número de armas de todos os tipos e calibres, que lhes davam poder de fogo, as quais foram recolhidas pelas forças militares.
Mas hoje a nossa reflexão tem outro viés.
A MATÉRIA PRIMA DA MIDIA (principalmente a da Televisão) é a EMOÇÃO.
A situação de violência do Rio de Janeiro, mostrada para o mundo inteiro, não foi diferente.
Pensemos concretamente. Os canais de Televisão precisam da emoção para atrair e conseguir uma maior audiência. Com audiência maior, podem cobrar mais pelas propagandas e inserções de todo tipo. Consequentemente com uma cobrança de maior valor, conseguem aumentar o seu faturamento. Com melhor faturamento, terão maior lucro, que no fim das contas é o objetivo primordial do mundo empresarial, em qualquer ramo de negócio e logicamente também da Televisão.
Faz um tempo, assisti a uma entrevista de um diretor da Rede Globo (infelizmente não me lembro do seu nome), dizendo que a emissora não inventava as coisas. Estas eram fatos que ocorriam e eles nada mais faziam do que transmitir ao público aqueles fatos, seja através de um noticiário, de uma novela etc. etc.
Ele só se esqueceu de comentar que um fato de âmbito apenas paroquial, ocorrido em um pequeno bairro de um determinado local, cuja repercussão atingisse, quem sabe, uma centena de pessoas, se muito, quando transmitido pela Televisão passa a ser do conhecimento de milhões e milhões de pessoas, tem a repercussão aumentada e multiplicada astronômicamente, atingindo telespectadores de todos os lares de um estado, de um país e em alguns casos, do mundo todo.
Tenho um exemplo desta semana. Um fato aconteceu numa pequena cidade do interior do Estado de São Paulo, com menos de 60.000 habitantes. Este fato nunca havia acontecido: um carro foi queimado altas horas da noite por alguém, certamente um irresponsável, na garagem de uma casa no centro da cidade. Coincidência? Ou seria uma inspiração? Seria um desejo de sentir uma forte emoção? adrenalina?
Não estou defendendo aqui a censura.
Mas sinto a necessidade de comentar. Com tamanho poder, os canais de Televisão têm a obrigação diuturna de refletir e refletir muito, ao divulgar qualquer fato. Que seja feito, mas com muita responsabilidade, que se pratique uma análise crítica de bom padrão. Se possível que tenha um objetivo educativo. Têm de pensar no alcance de suas ondas, seus satélites e que não tenham apenas o objetivo da emoção visando unicamente conquistar o lucro.
Fernando R. Santiago
colunista de Novas Formas Editorial
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
MAIS UMA VEZ ESTAMOS ASSISTINDO A UMA TENTATIVA DE DESACREDITAR O ENEM
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
O TRAVESSEIRO DE PENAS
sábado, 2 de outubro de 2010
NO BANQUETE, ESTARIA FALTANDO A COMIDA?!
Artigo escrito em 13 / 01 / 2000 para o site www.mur.com.br, revisado e atualizado em 02/10/2010 para este BLOG.
OS COMUNICADORES E AS MASSAS
A ferramenta própria da comunicação de massa é sem dúvida a emoção. Para que a convocação seja atendida, tem de haver uma pré-aliança tática, induzida ou consciente, uma identificação que muitas vezes é quase invisível, quase imperceptível, mas muito sentida pelos convocados.
Há que existir uma convergência de interesses entre o que é proposto, transmitido ou prometido pelo comunicador com o desejo ou a necessidade do público alvo.
Esses acontecimentos me provocam uma imperiosa necessidade de compartir uma reflexão.
Trata-se na verdade de um sentimento. Tenho a impressão de que ficamos a meio do caminho. Todas as vezes em que tive a oportunidade de assistir a algum desses eventos, senti que faltava alguma coisa: que se anunciasse com mais profundidade ou com mais abrangência, as propostas da Boa Notícia de Jesus Cristo.
Na minha percepção as oportunidades criadas (principalmente as religiosas) não têm sido bem aproveitadas.
O BANQUETE
É como se num espaço chique ricamente decorado, com gente bonita, perfumada e bem vestida, com música ambiente, com iluminação envolvente e com uma natureza exuberante em volta, no banquete faltasse a comida e a bebida.
Reconheço, louvar e glorificar é preciso! Sem dúvida alguma. É importante renovar a fé e a esperança.
Quando na vida pessoal se está angustiado, quando se está sem saídas, é preciso conforto espiritual, é preciso uma força, reerguer o ânimo, é preciso melhorar a auto-estima.
O PRÓXIMO PASSO
E a defesa da VIDA plena? Viver não é preciso?!
Lembro-me de quando criança e era levado à missa pelas mãos de minha mãe. Ricos e pobres juntos, às vezes sentados no mesmo banco da Igreja, gente que não se conhecia e que ao término da missa, saía cada um para o seu lado. Uns como nós, a pé, outros no seu bonito automóvel. Em nenhuma ocasião me lembro de alguma daquelas pessoas abastadas se dirigindo a nós ou se preocupando com o que tínhamos para comer naquele dia em nossa modestíssima casa.
SERIA PRECISO RESIGNAR?
Será que em plena era da evolução tecnológica, neste início do terceiro milênio, teremos de voltar atrás? Quando nos era sugerida (muitas vezes) a resignação diante dos sofrimentos, para se alcançar a felicidade merecida na outra vida?
Quando assisto àqueles monumentais ajuntamentos de pessoas, tenho um desejo sincero de que se trate de uma estratégia dos promotores, de uma ação inteligente deles, quero acreditar nisto! E que num segundo e urgente momento, venha a continuidade desta ação. Aí sim, aprofundando as questões mais importantes que envolvem a nossa vida, a vida de todos.
AS RAZÕES DO SOFRIMENTO
Que se diga com clareza ao povo as razões reais do seu sofrimento, dentre elas, a preferência desumana, praticada durante séculos em favor dos poderosos e abastados desta Terra.
Temos de lembrar que esta predileção é completamente inversa àquela que nos foi transmitida pelo FILHO DO CRIADOR: a preferência pelos pobres e desprezados.
A VONTADE DO PAI
Que se diga com voz amplificada, que não é a vontade do PAI que as suas criaturas sofram, ELE que por essência é Misericórdia, Bondade e Amor.
Que se diga com segurança e firmeza: ELE não deseja que as pessoas morram doentes, com fome, nus, sedentas, sem moradia, sem trabalho, sem respeito à sua dignidade e à sua cidadania.
Que chegue logo o dia da VIDA ABUNDANTE para todos! Com as BENÇÃOS DE DEUS e pela nossa AÇÃO CONSCIENTE E CONJUNTA!
Acredito sinceramente que é nosso dever e salvação dar Glória e Louvor ao nosso DEUS!
Mas penso que é também nosso dever e salvação, amar ao nosso próximo como a nós mesmos. Daí podemos concluir:
Quanto mais amarmos a nós próprios, mais devemos amar o outro!
Quanto mais possuirmos, mais ainda devemos lutar para que o outro possua também!
NOSSO BRASIL
No Brasil de hoje, 2010, vemos que muita coisa mudou, muita coisa melhorou. Milhões de pessoas melhoraram a qualidade de suas vidas.
Pela primeira vez temos um operário na Presidência da República. Sem dúvida o projeto que está em curso está incompleto e precisa continuar. A verdade é que não seria possível que em 8 anos se conseguisse mudar tudo o que se fez de errado em 500 anos.
No meu entender o projeto que continua no mesmo rumo e no mesmo caminho de melhoria, é o projeto representado pela candidata DILMA para a Presidencia da República.
Fernando
colunista de Novas Formas Editorial
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
IBOPE DECIDE "DESMENTIR" O DATAFOLHA
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
O NIVEL DA CAMPANHA 2010!
Vejam as matérias dos amigos do presidente LULA clicando no título desta matéria. Existe uma clara manipulação dos institutos de pesquisas. Com esta postura o Datafolha e o Ibope subsidiam, ou seja fornecem lenha para a fogueira da grande mídia favorável ao candidato SERRA, até de maneira indireta, por exemplo, favorecendo a candidatura de Marina. Não que eles queiram a MARINA verdadeiramente, mas o fazem com o intuito de que ela consiga tirar alguns pontos de DILMA e desta forma consigam forçar um segundo turno. Se isto acontecer será tudo ou nada, última cartada, última oportunidade de alterar o curso das coisas. A popularidade do presidente LULA (quase 80% de aprovação) é insuportável para a elite brasileira. Assim como é insuportável a continuidade do seu projeto popular através da candidata DILMA. Vejam a diferença entre os resultados das pesquisas do Instituto Vox Populi que mostram a DILMA com 49 pontos, contra as dos Institutos citados acima que colocam a colocam com 46 pontos ou menos. Como em outras eleições anteriores para não perderem a credibilidade, na pesquisas de "boca de urna" tratarão de corrigir rápidamente. É só esperar o dia 3 de outubro de 2010 para conferir.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
PORQUE DILMA E NÃO SERRA?
Conforme dissemos em artigo anterior, as necessidades humanas são muitas: saúde, alimentação, moradia, trabalho, lazer, realização pessoal, familiar e social, desenvolvimento intelectual, cultural, artístico, conhecimento, educação, etc. etc.
Dissemos também que a principal (não única) causa da violência e da injustiça, sem dúvida, é a (má) distribuição dos bens e das riquezas produzidas no país, através do sistema econômico.
O tipo de poder gerado pela economia e o modo de distribuição das riquezas produzidas derivam da forma como funciona a sociedade. Esta, por sua vez, depende da relação de forças entre os vários atores envolvidos no estabelecimento das regras, nas decisões, desde a constituição do país até os dias de hoje. Dito de outra forma, podemos citar o dito popular, e aí a coisa fica assim: “quem pode mais chora menos”, afirmativa esta, convenhamos, absurdamente pré-histórica e bárbara.
Em nossa concepção, todos os cidadãos e cidadãs de um país têm direito à distribuição igualitária e justa de rendas, de alimentos e dos recursos necessários à vida, para vivê-la com plenitude e abundância.
Em nossa conjuntura atual a proposta ideal é trabalhar dentro do conceito de inclusão social, em favor de uma economia que gere a vida e não a morte.
Como todos nós sabemos a economia está presente em nossas vidas desde a gestação até a morte. Não é novidade para ninguém que tudo tem o seu valor e o seu custo. Mesmo aquilo que aparentemente é gratuito, alguém pagou, ou todos nós pagamos antes (impostos).
A economia deveria existir para as pessoas e para o bem comum, e não as pessoas para a economia, uma aberração!
E porque não o SERRA?
Não quero aqui demonizá-lo ou transformá-lo em um capeta, não é minha intenção.
Mas é inegável, é evidente, que o projeto do SERRA e do seu time é outro, muito diferente do projeto da DILMA.
Trata-se de outro modo de enxergar as coisas e de colocá-las em prática.
Em primeiro lugar o que ele e os seus partidários comprovadamente têm feito durante todos estes anos, via de regra, tem representado benefício para poucos. SERRA continua ainda defendendo o (velho) neoliberalismo, com o ultrapassado conceito de Estado Mínimo, ou seja: privatizar sempre, o máximo possível, investir pouco, sempre, mesmo que o dinheiro exista, pois as contas (tradição de economista) são mais importantes do que a vida do povo.
É notório e sabido, à boca pequena, o seu interesse (escuso) de privatizar por exemplo, a Petrobrás e o Banco do Brasil, conquistas históricas do povo brasileiro, assim como ele e/ou os seus correligionários e aliados fizeram com o Banespa no Estado de São Paulo, por exemplo, e também com a Nossa Caixa, que por sorte, o LULA agiu a tempo e comprou pelo Banco do Brasil, antes que fosse parar nas mãos de algum banco particular.
Isso sem contar o voraz apetite dele e dos seus colegas pelos pedágios. Vejam a quantidade enorme de pedágios existentes no Estado de São Paulo, com a sua cobrança implacável. Em alguns casos fica inviável qualquer viagem.
E mais, a pachorrenta lentidão com que acontecem as coisas no Estado de São Paulo, o achatamento salarial dos funcionários públicos em geral (sempre com o intuito de economizar) e, especificamente os minguados salários dos professores da rede pública estadual são outros exemplos de seu modo de pensar e agir. Há mais, mas vamos ficar por aqui, por enquanto.
Por que a DILMA?
Aqui estão as principais razões que justificam a escolha da DILMA. Competência e eficiência são qualidades que ela já comprovou exaustivamente como coordenadora dos projetos do Governo Federal.
Além da reconhecida e irrepreensível conduta de vida, ela tem deixado claríssimo, tem insistido e reafirmado o compromisso pleno com a continuação do projeto iniciado pelo presidente LULA, logicamente de acordo com a sua personalidade e o seu modo próprio de agir. Vamos combinar que séculos de desmazelo não se modificam da noite para o dia.
Lembrando que o sucesso do projeto implantado por LULA (e PT) com a ajuda de DILMA, está respaldado e aprovado por 78% do povo (o que não é pouca coisa), de acordo com as mais recentes pesquisas, que o classifica como ótimo ou bom. É um projeto que já melhorou a vida de 25 milhões de pessoas que viviam abaixo da linha de pobreza, aumentando seu poder aquisitivo. Este projeto elevou para as classes médias, outros 30 milhões de pessoas. Alunos pobres conseguem entrar nas Universidades. Ensino técnico está sendo colocado para milhares e milhares de alunos.
Como é fácil comprovar, este projeto coincide com as nossas afirmações no início deste artigo.
A preferência por DILMA merece outra atenção especial, pois se trata da primeira mulher em nossa história republicana com reais chances de chegar à Presidência do Brasil, e, aí se encontra mais uma vitória do presidente LULA, com sua visão de estadista, indicando a DILMA como candidata à Presidência do Brasil, isso sem contar a sua constante luta pela igualdade étnica de direitos e condições de vida.
sexta-feira, 5 de março de 2010
SUPERAR A VIOLÊNCIA III
Revisto em: 05.03.2010
Penso e ouso dizer que o Socialismo, assim como o Comunismo (tudo em comum) como foram sonhados e idealizados por Marx, Engels, antecessores e companheiros contemporâneos jamais aconteceram de fato ou em plenitude.
Embora as idéias tenham sido elaboradas com um grande senso e desejo de Justiça, as forças da realidade mostraram-se preponderantes e impeditivas para a implantação do projeto concreto.
De forma muito resumida lembremos aqui os princípios do socialismo.
Materialismo Histórico Dialético:
MATERIALISMO HISTÓRICO: as relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Com novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida e modificam todas as relações sociais.
O modo pelo qual a produção material de uma sociedade é realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais de uma época. Assim, a base material ou econômica constitui a "infraestrutura" da sociedade, que exerce influência direta na "super-estrutura", ou seja, nas instituições jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e ideológicas (as artes, a religião, a moral) da época. Segundo Marx, a base material é formada por forças produtivas (que são as ferramentas, as máquinas, as técnicas, tudo aquilo que permite a produção) e por relações de produção (relações entre os que são proprietários dos meios de produção, as terras, as matérias primas, as máquinas e aqueles que possuem apenas a força de trabalho).
DIALÉTICA:
"A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. ... A realidade é contraditória com o pensamento dialético. ... A dialética é ciência que mostra como as contradições podem ser concretamente idênticas, como passam uma na outra, mostrando também porque a razão não deve tomar essas contradições como coisas mortas, petrificadas, mas como coisas vivas, móveis, lutando uma contra a outra em e através de sua luta." conforme(Henri Lefebvre, Lógica formal/ Lógica dialética, trad. Carlos N. Coutinho, 1979, p. 192).
A hipótese fundamental da dialética é de que não existe nada eterno, fixo, pois tudo está em perpétua transformação, tudo está sujeito ao contexto histórico. Outro elemento é a ideia de totalidade, a percepção da realidade social como um todo que está relacionado entre si. Há também as contradições internas da realidade, em relação ao valor e não valor, lucro ou não lucro, por exemplo.
Permito-me apresentar um exemplo, que ajuda a entender a dialética pelo menos de um modo singelo:
uma folha seca que cai de uma árvore certamente é matéria morta, já “prestou o seu serviço” à árvore: alimentação, fotossíntese etc.
Mas quando a folha seca chega ao solo, começa a se deteriorar, se decompor e se transformar em adubo que por sua vez vai alimentar a árvore.
A folha seca é ao mesmo tempo matéria morta e também matéria viva, orgânica.
E mais:
“(obtenha-se...) de cada um segundo suas possibilidades e (dê-se...) a cada um segundo suas necessidades”
Vejam quanta semelhança, no conteúdo, com a parábola de Jesus Cristo, através da qual Ele nos dava o exemplo da contratação de trabalhadores em diferentes horas do dia, porém com pagamentos iguais, conforme Mt 20.
Vejam também a prática dos primeiros cristãos, que repartiam todos os seus bens, conforme as necessidades de cada um, em At 2: 42-45.
Econômicamente, acredito, as propostas dos primeiros cristãos assim como as propostas socialistas para uma sociedade diferente, justa e mais humana, não aconteceram amplamente principalmente porque:
no primeiro caso, de modo solidário os cristãos repartiam seus bens, portanto o que já possuiam, poderíamos dizer, atuavam no consumo e não na produção (certamente em algum momento os bens acabariam);
no segundo caso os meios de produção nunca foram, de fato, propriedade direta dos trabalhadores.
Mesmo na antiga União Soviética, para citar um exemplo, em minha opinião, o que existiu de fato foi um Capitalismo de Estado, onde os meios de produção pertenciam ao Estado e era gerido por um limitado grupo no poder. Portanto, o que o mundo capitalista chamou de comunismo, na verdade não chegou a alcançar o que foi idealizado, embora inegavelmente tenham sido importantes experiências históricas.
Em nossos dias, diversas Experiências Econômicas Alternativas, ou Economia dos Setores Populares ou ainda Economia Popular Solidária como têm sido chamadas, são as atividades que geram trabalho, produtos e renda e são realizadas por vezes de forma individual, mas na maioria dos casos apresentam-se na forma familiar ou associativa e das quais dependem parcelas significativas e crescentes da população.
Essas atividades, embora quase todas pequenas, são experiências organizativas no campo econômico, muitas delas informais e que geram recursos, monetários ou não. São micros, pequenos e vitais empreendimentos econômicos, indispensáveis para a sobrevivência das pessoas envolvidas e de suas famílias.
Elas são diferentes das empresas capitalistas, pois o foco principal não é o lucro em si, ou somente a posse ou propriedade do empreendimento. São diferentes também, porque procuram ser igualitárias nos direitos e nos deveres. O empreendimento é de todos os que trabalham nela, por igual.
Busca-se nessas experiências a convivência fraterna, democrática e a prática solidária.
Em geral as experiências são autogestionárias, ou co-gestionárias, dependendo do seu modo de atuar. Em qualquer dos casos os trabalhadores participam das decisões e partilham os meios de produção e os lucros do empreendimento.
Um grande desafio é chegar a NOVAS FORMAS DE ESTRUTURAÇÃO, de ORGANIZAÇÃO e de INTEGRAÇÃO entre os grupos que realizam as experiências econômicas alternativas, ou seja, realmente de uma economia popular solidária e alternativa.
Seria interessante também a consolidação de NOVAS FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO, com produtos de excelente qualidade, produzidos com respeito à vida e à natureza e, portanto ao meio ambiente, com grupos organizados consumindo produtos de outros grupos e redes também organizadas, crescendo cada vez mais e mais e fortalecendo desta maneira uns aos outros, FORMANDO UMA GRANDE REDE, visualmente nos fazendo lembrar de uma rede, rede mesmo, aquela dos pescadores.
Em parte, algumas experiências em algumas regiões do país, já fazem isto.
Finalizando estas reflexões, podemos afirmar que é pouquíssimo provável que haja Justiça sem a prática da solidariedade, da partilha, da fraternidade, do respeito e do amor ao outro ou que essa Justiça aconteça por imposição ou determinação autoritária de alguém ou de um grupo.
É impossível haver Paz sem Justiça!
É possível superar a violência gerada pela Economia!
Fernando Santiago
Colunista
Novas Formas Editorial
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
SUPERAR A VIOLÊNCIA II
Revisto em: 18.01.2010
"Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6,24).
Este é o lema da Campanha da Fraternidade
A CF - 2010 abordará o tema: "Economia e Vida"
A CF de 2010, de caráter ecumênico, está sob a responsabilidade do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil - CONIC - e tem como objetivo: promover uma ECONOMIA A SERVIÇO DA VIDA, SEM EXCLUSÕES E CRIANDO UMA CULTURA DE SOLIDARIEDADE E PAZ.
As causas da injustiça e da violência são muitas.
Uma sociedade e particularmente a economia de um país, que permite a acumulação desmedida de riquezas e bens, que justifica a competição exacerbada a qualquer custo, que fecha os olhos para a ganância desenfreada, e que até se orgulha, elogia e incentiva o incontrolável desejo de crescer sempre e mais, está na verdade fazendo nascer e crescer uma grande injustiça.
De fato, uma economia a serviço da vida não provoca exclusões e ajuda a criar uma cultura de solidariedade e paz. No entanto para ela se realizar com plenitude é necessário supor algumas condições: uma busca incansável pela JUSTIÇA verdadeira, por uma real igualdade de direitos e de deveres entre os cidadãos e por uma prática indispensável da solidariedade, ágape, o amor.
Ao contrário, contribuindo ferozmente para a situação inversa, a da INJUSTIÇA, aparece o outro lado da moeda, a má distribuição dos bens e das riquezas produzidas. É impossível existir paz onde a injustiça é soberana.
Certa vez em uma palestra tive de responder a uma pergunta aparentemente simples: “por que existem pobres?” Respondi: “porque existem ricos”. Exagero? Nem tanto. Façamos um raciocínio. Consideremos que em dado momento, o montante de todos os bens e riquezas de um país, somados, represente um único e definido valor e que hipoteticamente não possa ser modificado. Portanto, se naquele momento estabelecido um grupo da sociedade já possuir uma grande parcela daquele total, no caso do Brasil este grupo é relativamente pequeno em número, perceberemos que o outro grupo, a maioria, obrigatoriamente, terá que possuir um valor menor do mesmo total. Para que o segundo grupo possua mais daquela riqueza é imperioso que o primeiro grupo ceda parte do seu quinhão. Do mesmo modo, para que o primeiro grupo possua cada vez mais só há um caminho: é que o segundo grupo, que já possui pouco, possua cada vez menos. E assim poderemos seguir indefinidamente.
À primeira vista isto pode ser tido como uma visão um tanto romântica. Mas a verdade, grosso modo, é simples assim mesmo.
Meditando um pouco mais profundamente podemos afirmar que a economia e em última análise os seus controladores, numa sociedade como a nossa, são os principais responsáveis pelo estabelecimento das várias classes sociais e conseqüentemente pelo desenho da pirâmide social, em degraus, onde as pessoas são classificadas conforme seus rendimentos e o seu poder de compra, portanto diferentes.
Sem discutir méritos ou deméritos pessoais, capacidade individual, esforço etc. que não é o objetivo imediato desta coluna uma vez que procuramos elaborar aqui apenas uma análise estrutural, a camada mais privilegiada da população, os mais abastados, são na verdade os detentores do poder econômico. Ao contrário, os mais pobres detêm quase nada desse poder. E tem sido assim desde há muito tempo.
Será possível superar a violência e a injustiça geradas pela ECONOMIA?
Para compreendermos melhor este tema convém que antes respondamos, entre outras possíveis, algumas perguntas:
- Quem é quem na sociedade?
- Como acontece a relação de forças, ou de poder, entre os cidadãos, grupos ou classes?
- Quem detém o maior poder de decisão ou influência?
- Quem usufrui os maiores benefícios proporcionados pela economia?
- Quem são os mais prejudicados?
- Quais aqueles que obtêm menos vantagens?
- Quem possui mais ou menos voz ativa na sociedade?
Ao respondermos a cada uma destas questões vamos descobrindo: os que têm maior poder econômico acabam quase sempre por determinar as principais REGRAS DE FUNCIONAMENTO DA SOCIEDADE, inclusive as DA POLÍTICA. É sabido que os seus representantes, seus porta-vozes, defendem ferrenhamente todos os seus interesses.
Lembremos aqui a pergunta-tema, atualíssima ainda, pronunciada há tempos atrás no Fórum Social Mundial realizado em Porto Alegre – RS, ao mesmo tempo um desafio e uma utopia:
“é possível construir ou elaborar alternativas de economia em um mundo onde predominam, praticamente há dois séculos, as formas sempre renovadas do capitalismo?”
Para alguns economistas a resposta é positiva, embora algumas das respostas estejam em permanente debate.
Fazemos parte dos que acreditam ser possível criar
NOVAS FORMAS de viver e praticar a ECONOMIA e a POLÍTICA.
Voltaremos em breve ao assunto.
Fernando Santiago
colunista
Novas Formas Editorial
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
SUPERAR A VIOLÊNCIA I
Revisto em: 06.01.2010
“onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão!”
Diante da violência provocada por assaltos, seqüestros, extermínios, violência doméstica, violência contra a mulher, contra as crianças, contra os idosos, a grita por “segurança” tem sido amplificada diariamente pela mídia, autoridades e formadores de opinião. Também é exigida, compreensivelmente, pelas vítimas sobreviventes, pelos parentes e amigos das vítimas e tantos outros.
A repressão usada pelas forças policiais muitas vezes gera conflitos e insegurança na população e é, na verdade, apenas um paliativo, necessário às vezes devido ao ponto que chegamos, mas paliativo, para se conter a violência e uma duvidosa maneira de se alcançar a paz.
Há muito tempo, uma velha máxima tem sido pregada por velhos políticos: lugar de “bandido” é na cadeia! Precisamos de mais polícia nas ruas!
São frases de efeito, sem dúvida com o objetivo claro de fazer “marketing”. Podem até trazer algum resultado, mas como solução para problemas tão sérios não podem ser consideradas completas nem definitivas.
As causas da violência são muitas: pessoais, psicológicas, culturais, desejo de vingança e outras, mas são também estruturais: miséria, pobreza, má distribuição de renda e desemprego.
O Projeto da Década para Superar a Violência (2001-2010), proposto pelo CMI – Conselho Mundial de Igrejas com sede em Genebra propôs estabelecer uma ampla discussão junto às sociedades, povos e culturas, para permitir que se encontre soluções e ou possíveis saídas, caminhos para superar a violência em todo o planeta.
Por ocasião do lançamento da Campanha pela Década no Brasil, D. Jayme Henrique Chemello, na época, Presidente da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, afirmou:
“... Para além da segurança é preciso criar no país condições para a paz. A paz é obra da justiça e da solidariedade...”
A Justiça Plena, Projeto de Deus, se concretiza na Partilha e na Fraternidade e traz dentro de si a prática da solidariedade e como conseqüência a Verdadeira Paz. Para isto, há condições indispensáveis, como a distribuição igualitária dos bens e a participação democrática, igualitária e transparente do povo nas decisões que regem a vida de cada um e de todos.
Para que a Justiça cresça, floresça e se frutifique em Paz é vital abraçar e defender a causa dos indefesos, dos discriminados e dos que sofrem todo tipo de preconceito e injustiça, para que todos tenham resgatada a sua dignidade. O Ser Humano busca incessantemente o bem-estar e a felicidade.
A OMS – Organização Mundial da Saúde conceitua: “Saúde é o completo bem-estar, físico, mental e social da pessoa humana”
Antecipando este conceito os nossos antepassados costumavam repetir um ditado de grande sabedoria:
“onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão!”
O pão, neste provérbio, sem dúvida significa comida mesmo, a mais elementar das necessidades dos seres vivos.
Ao mesmo tempo, sob o ponto de vista sociológico, este dito ganha um sentido metafórico, muito mais abrangente. Este sentido figurativo alcança níveis surpreendentes, considerando-se as tantas necessidades humanas: saúde, alimentação, moradia, trabalho, lazer, realização pessoal, familiar e social, conhecimento, educação, desenvolvimento intelectual, cultural, artístico, dignidade, etc...
A briga e a razão citadas nele podem ser entendidas como as muitas reações que envolvem o ser humano.
Não podemos pensar em resolver a violência com a própria violência, pois ela é autofágica. Não havendo perdão, a violência sempre alimenta e aumenta o ódio. Por sua vez o ódio conduz à vingança e por conseqüência, quem a praticou acaba sofrendo de volta e novamente, o revés e a destruição e assim continuaria indefinidamente.
Finalmente é preciso transformar em realidade as propostas de Jesus Cristo, Vontade do Pai, de que sejam atendidas as necessidades das pessoas, especialmente as dos pequeninos.
Fernando Santiago
colunista
Novas Formas Editorial